Open x privado - Quem ganha a parada?

Sou triloucamente apaixonada pelos Opens. Adoro de paixão olhar um ícone na minha tela e saber que ali não tem guerra, são pessoas de qualquer nacionalidade pensando, decifrando, resolvendo e colocando um produto ao alcance de todos, em todos os cantos do mundo.  Não imagino como não ser triloucamente apaixonada por um trabalho com esta dimensão, ultrapassando todas as barreiras. Sou uma orgulhosa usuária dos Opens.

Nem tudo são flores. Tudo que tem boa energia e vem para fazer um bem é fortemente combatido. Com os Opens não é diferente. Pesquisando sobre um recurso Open, dei de cara com uma matéria comentando sobre o ataque da Microsoft ao OpenOffice. Primeiro, fiquei danada da vida mas depois de traçar um paralelo do Brasil-povo-Copa e Microsoft-Opens, cheguei à conclusão de que a Microsoft tem razão. Não deixarei de usar meus Opens por causa de MS mas não posso negar-lhe a razão.

Sabem onde os Opens tem mais valor? Nos países de primeiro mundo.
No Brasil, a população só dá valor ao que tem preço - quanto mais caro e difícil, melhor. Prepotência de uma população que nada tem e tem mania de comer sardinha e arrotar caviar.

Os brasileiros e as universidades brasileiras que apoiam de alguma forma os Opens - como a Universidade Federal do Paraná (parece ser uma referência na contribuição dos brasileiros aos Opens, não tenho certeza), deixam a impressão que ficam "com vergonha" de proclamar aos quatro cantos que estão apoiando os Opens. Como resultado, os brasileiros da área de programação e sei-lá-mais-o-quê-de-informática (não é minha área) se "auto-programam" para só falar e/ou escrever dos Opens como se estrangeiros fossem. O resultado é que, apesar das inúmeras opções que nada ficam a dever aos privados, o mercado dos Opens ainda são vistos como "coisa do demo" por grande parte da população.

No outro dia, ao iniciar o meu velho companheiro desktop (é, de vez em quando ainda uso.. e prefiro mil vezes um desktop ao ultrabook...), estava entrando uma pessoa que, ao ver uma distro Linux abrindo no meu pc comentou:

"Você usa isso? Pra quê? Acho que só você no mundo usa isso. Põe o Windows, senão você não vai conseguir navegar direito na internet nem visualizar todos os recursos dos navegadores mais modernos"

Respondi: "É, você deve ter toda razão, com certeza. Mas me tira uma dúvida: Até onde sei, você só acessa e usa internet do seu smartphone, não é?"

"É, meu smartphone é safo, faz tudo. Até melhor que o Windows de qualquer notebook maneiro."

"Que legal!... O seu samartphone é Android, esse que estão todos falando que é o fera?"

"É esse mesmo! É melhor que esse aí que você tem no seu desktop e melhor que qualquer sistema de notebook."

"Que bom ouvir você defender com tanto afinco o seu sistema do seu smartphone. Mas... Você sabia que o Android é baseado no Ubuntu, um sistema Linux, este mesmo sistema que você disse que era uma porcaria [troquei o termo] quando viu abrindo no meu velho e arcaico desktop?"

"Não é nada. Cascata!"

"Vamos apostar?"

Ganhei a aposta...

bjs
Elida

Nota: Em poucos dias, este tornou-se o post nº 5 em leitura e compartilhamento. E eu pensando que o povo não estava "nem aí" para os Opens. Parabéns, meu povo! Continuem compartilhando! Quem sabe, não estamos colaborando para um Brasil melhor com essa singela reflexão, né? Vamos pensar!... 

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