Internet, desde a natalidade para o 'público geral'

Todos já sabem que não tenho a menor paciência com Facebook. É a pior rede social que inventaram e que só chegou aonde chegou por conta da mídia paga. Chamar Facebook de "rede social" chega a ser uma ofensa aos meus neurônios.

Está faltando uma rede social de verdade, com debates construtivos e um pouquinho de abobrinha - só para relaxar. O Facebook é 99,99% abobrinha e 0,01% de utilidade. Bancando a saudosista de museu, lembro dos primeiros tempos de internet, quando ainda se parecia muito com as conversas trocadas via rádio amador. Era muito bom! Abriu tudo, expandiu e vieram os bate-papos, que eram como a conversa via rádio amador, com mais recursos. Era igualmente bom demais e fiz muitas amizades nesta época que permanecem até os dias de hoje, firmes e fortes, que eu guardo com o maior carinho.

Expandiu mais um pouquinho e entraram mais pessoas, vieram os grupos e algumas redes sociais, entre elas, o Orkut.

O que a busca Cadê tinha em comum com o Orkut dos primeiros tempos? A surpresa, a incerteza de saber. A busca Cadê nos abria o universo, ao apresentar resultados surpreendentes, o que nos levava a conhecer mais da internet e de seu meio. O Orkut era a incerteza, o sabor do perigo de ter o perfil tomado ou transformado - coisa até inocente para os dias de hoje.

Com o Facebook é tudo muito comercial, não tem o toque pessoal das coisas. O que tem de pessoal são as porcarias que alguns insistem em compartilhar: conteúdos vazios, palavras sem coesão, guerras sem adversários, busca de status entre algumas centenas numa vitrine de inseguranças, carências e gritante analfabetismo cultural. O Facebook me incomoda, por deixar claro e tão visível o "anaculturismo" de meu povo. Um povo sem gramática, sem concisão, sem personalidade própria. Facebookianos me ofendem com suas nulas sabedorias.

E não é questão de querer saber mais do que ninguém e nem de se colocar como superior perante os demais. É que o Facebook conseguiu trazer o lixo à tona, somente isso. Aliás, é exatamente isso: o lixo veio à tona, da forma mais ilustrativa e gráfica quanto possível. Claro que me vejo constantemente comparando quem faz desta rede a sua própria vida contra quem tem uma vida fora do Facebook. Nem preciso comentar o resultado da comparação, né? :)

Estou convivendo dia a dia com pessoas que mal sabem o que é rede social, simplesmente porque elas têm uma vida a viver. Por paralelo, acabo me dando conta de quanto a minha área ainda tem por fazer neste chão de lama e corrupção mas também de muita vontade de mudar, de acertar, de alcançar pelas vias certas - deste Brasil eu me orgulho.

Não faltam cursos pela internet, sites com bom conteúdo, artigo e matérias que mais esclarecem do que complicam. Neste ponto sim, me sinto diferente e um ser de outro mundo. Gosto mesmo de me cercar de atividades, coisas e pessoas que provocam em mim a motivação para crescer e aprender continuamente. Um tal sábio de um tempo distante disse que só sabia que nada sabia. Concordo com ele, há tanto ainda e o tempo é sempre tão pouco para tudo... Perdi a conta de quantos cursos fiz pela internet este ano, mesmo com tão pouco tempo me sobrando. E vejo-me sempre com a curiosidade de querer saber mais um pouco sobre assuntos correlatos e paralelos.

Adoro o que a internet tem de bom a oferecer e adoro saber que tenho disciplina para aproveitar tudo isso. Quem disse que não existe bota de sete léguas? Eu uso! ;)

bjs


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