O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor [Idec] e a organização não-governamental Vitae Civilis lançaram a campanha nacional "Mude o consumo para não mudar o clima". A idéia é informar o consumidor sobre o quanto seu consumo pode afetar o clima do planeta; sugerir alternativas para mudar hábitos cotidianos; e ainda cobrar de empresas e autoridades ações efetivas para a mitigação das mudanças climáticas.
Através de um programa, o consumidor poderá calcular sua contribuição de emissão de gás carbônico (CO2) e terá acesso a alternativas para diminuir essa emissão, mudando hábitos de consumo e amenizando, assim, as conseqüências para o meio ambiente. A ferramenta de cálculo está disponível no site Clima e Consumo, juntamente com informações e dicas sobre a relação entre consumo e mudanças climáticas. A campanha vai distribuir cartões postais para que consumidores enviem ao supermercado que freqüentam, exigindo que a carne vendida no estabelecimento não seja de fazenda que contribui com o desmatamento. Isso porque, de acordo com os organizadores, as principais fontes de emissão de gases estufa do Brasil são o desmatamento e as queimadas, cujo principal vetor é a expansão da fronteira agrícola, que empurra a pecuária para a derrubada da mata nativa.
Na página da campanha, está disponível um abaixo-assinado que será entregue ao Governo Federal com o objetivo de cobrar dos órgãos competentes políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e ao consumo, capazes de promover a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas nos diferentes setores, como energia, transporte, florestas, produção agrícola e pecuária. Ainda no site é possível acessar um vídeo de divulgação sobre o consumo sustentável.
21 ações para você fazer a sua parte:
1. Evite luzes ou equipamentos ligados quando não necessário.
2. Desligue os equipamentos da tomada, ao invés de desligar apenas no comando. Os aparelhos em modo stand-by continuam consumindo energia.
3. Antes de comprar um novo equipamento, verifique a etiqueta de consumo de energia e o selo do PROCEL e escolha aquele que consome menos energia.
4. Substitua as lâmpadas incandescentes por lâmpadas econômicas. Dão a mesma luz, mas poupam 80% da energia elétrica utilizada, e ainda duram mais.
5. Não ligue a televisão só para servir de companhia, nem adormeça com ela ligada. Programe para que se desligue sozinha.
6. Reduza o tempo no banho - poupa água e ajuda a diminuir o consumo de energia.
7. Verifique as borrachas de vedação da geladeira e do forno – coloque uma folha de papel entre a borracha e a porta: se a folha ficar solta, a porta não está fechando de forma eficiente.
8. Na máquina de lavar roupa, evite a pré-lavagem, exceto quando a roupa está muito suja.
9. Ligue a máquina de lavar roupa e louça apenas com carga máxima: poupa água, energia e tempo.
10. Programe as definições do seu computador para ele se desligar automaticamente (hibernar) após um tempo sem ser utilizado.
11. Procure utilizar os transportes coletivos. E, para distâncias curtas, opte por se deslocar a pé ou de bicicleta.
12. Se for comprar um carro, escolha um modelo eficiente no consumo de combustível. Dê preferência aos modelos flex e utilize álcool sempre que possível. A quantidade de CO2 emitida pela queima do álcool pode ser considerada compensada pela fixada nas plantações de cana de açúcar.
13. Reduza a quantidade de sacolas plásticas nas suas compras, utilizando sacola de pano ou caixas plásticas reutilizáveis para compras maiores. Recuse embalagens em excesso.
14. Separe os resíduos orgânicos dos recicláveis (plásticos, vidros, latas, papéis), e os encaminhe para a reciclagem. Se tiver espaço no quintal construa uma composteira para produzir adubo com o lixo orgânico.
15. Compre móveis de madeira e madeira para construção certificadas para garantir que você não está contribuindo com o desmatamento da Amazônia.
16. Pressione o governo para que o cumprimento de políticas públicas que promovam a mitigação (diminuição das causas) e a adaptação aos impactos irreversíveis às mudanças climáticas nos diferentes setores, como energia, transporte, florestas, saneamento, produção agrícola e pecuária.
17. Reduza seu consumo de carne e de produtos de origem animal, pois a produção de qualquer tipo de carne tem muito mais impacto sobre o meio ambiente que a produção de vegetais. Se você ainda não parou de comer carne, pressione os supermercados que freqüenta para que exijam dos seus fornecedores um sistema de rastreamento que garanta que a carne que compramos não venha de área de desmatamento na Amazônia Legal.
18. Solicite aos supermercados, restaurantes e fornecedores de alimentos e insumos domésticos que disponibilizem produtos orgânicos ou com certificação de origem ou qualidade de gestão ambiental.
19. Exija desses supermercados a informação sobre a qualidade ambiental dos produtos.
20. Pressione as empresas de produtos eletroeletrônicos das marcas que você consome por produtos mais eficientes no consumo de energia e por informação sobre a eficiência energéticas dos produtos.
21. Pressione as empresas das marcas que você consome para que criem alternativas para que nós consumidores possamos mudar de forma mais significativa nossos hábitos de consumo.
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