Coisas da aviação

Meus amigos acordaram com vontade de me matar de rir. Receberam este e-mail?
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Ao contrário de seus colonizadores ingleses, os australianos tem um ótimo senso de humor.

Na Qantas Australian Airlines, após cada vôo os pilotos preenchem um formulário, comunicando aos mecânicos em terra, sobre qualquer problema que o avião tenha tido durante o vôo. Os mecânicos o lêem e corrigem o problema, e, na metade inferior do formulário, descrevem por escrito a solução foi adotada. O piloto revê o relatório antes do vôo seguinte.

Abaixo estão alguns problemas reais de manutenção submetidos pelos pilotos e as cômicas soluções registradas pelos engenheiros da terra dos cangurus....

A propósito, Qantas é a única grande empresa aérea que nunca registrou acidente aéreo algum e ficou famosa depois do filme Rain Man. O personagem de Dustin Hofman, um autista, só queria viajar pela Qantas, por conta da estatística de zero acidente.

(P = problema acusado pelo piloto)
(S = solução adotada pelo engenheiro em terra)

P: Pneu esquerdo principal interno quase precisando de substituição.
S: Pneu esquerdo principal interno quase substituído.

P: Teste de vôo OK, exceto pelo piloto automático, que pousa mal o avião.
S: Piloto automático não instalado nessa aeronave.

P: Alguma coisa está solta no cockpit.
S: Alguma coisa foi apertada no cockpit.

P: Besouros mortos no para-brisa.
S: Besouros vivos já encomendados.

P: Piloto automático não mantém nível, produzindo ascenção de 200 pés por minuto. Traduzindo: o avião em piloto automático deveria nem subir nem descer, mas este está subindo.
S: Não pudemos reproduzir o problema no solo.

P: Evidências de vazamento na engrenagem principal de pouso.
S: Evidências removidas.

P: As travas de fricção estão prendendo os controles.
S: É para isso que servem as travas de fricção.

P: IFF inoperante.
S: IFF sempre inoperante quando DESLIGADO.

P: Suspeitamos de trinca no para-brisa.
S: Suspeitamos de que vocês estejam certos.

P: Turbina número 3 perdida.
S: Após breve busca, turbina número 3 localizada na asa direita.

P: A aeronave se comporta de modo engraçado.
S: A aeronave foi advertida para se comportar, voar direito e ficar séria.

P: O radar faz ruído fora de tom.
S: Radar reprogramado para executar líricos.

P: Rato no cockpit.
S: Gato prontamente instalado.

Beijinhos carinhosos
Elida

Quem entende Portugal?

Recebi este e-mail com os comentários entre parênteses. Fiquei na dúvida entre rir das recomendações ou dos comentários.

Não dá para acreditar que estas advertências estão realmente escritas em embalagens de produtos vendidos em Portugal.

As advertências aos consumidores abaixo foram colecionadas em hipermercados portugueses, em duas horas apenas, por um médico brasileiro que ministrou curso em Lisboa, a convite da OMS.

Todas são absolutamente verdadeiras, inclusive os nomes dos produtos.

Num secador de cabelos:
"NAO USE QUANDO ESTIVER DORMINDO"
(Sei lá, você pode querer ganhar tempo.)

Na embalagem do sabonete anti-séptico Dial:
"INDICAÇÕES: UTILIZAR COMO SABONETE NORMAL"
(Boa! Cabe a cada um imaginar pra que serve um sabonete anormal)

Em alguns pacotes de refeições congeladas Swan:
"SUGESTÃO DE APRESENTAÇÃO: DESCONGELAR PRIMEIRO"
(É só sugestão, tá ok? De repente o pessoal pode estar a fim de chupá-las como picolé.)

Numa touca para a ducha:
"VÁLIDO PARA UMA CABEÇA"
(Alguém muito romântico poderia colocar a sua e a da amada na mesma touca.)

Na sobremesa Tiramisú da marca Tesco, impresso no lado de baixo da caixa:
" NÃO INVERTER A EMBALAGEM"
(Opa! Se você leu o aviso, é porque já inverteu!)

No pudim da Marks & Spencer:
"ATENÇÃO: O PUDIM ESTARÁ QUENTE DEPOIS DE AQUECIDO"
(Brilhante!)

Na embalagem do ferro de passar Rowenta de fabricação alemã:
" NÃO ENGOMAR A ROUPA SOBRE O CORPO"
(Gostaria de conhecer a infeliz criatura que não deu ouvidos a este aviso)

Num medicamento pediátrico contra o catarro infantil, da Boots:
"NÃO CONDUZA AUTOMÓVEIS NEM MANEJE MAQUINÁRIA PESADA DEPOIS DE TOMAR ESTE MEDICAMENTO"
(Tantos acidentes poderiam ser evitados se fosse possível manter esses travessos miúdos de 4 anos longe dos volantes de carros e dos tratores caterpillar)

Nas pastilhas para dormir da Nytol:
"ADVERTÊNCIA: PODE PRODUZIR SONOLÊNCIA"
(Pode não, deve! Foi prá isso que eu comprei).

Numa faca de cozinha:
"IMPORTANTE: MANTER LONGE DAS CRIANÇAS E ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO"
(Será que lá os cachorros e gatos são ninjas disfarçados? Nunca vi nenhum mexer em faca!)

Numa caixa de luzes decoração de Natal:
"USAR APENAS NO INTERIOR OU NO EXTERIOR"
(Alguém pode me dizer qual é a 3ª opção?)

Nos pacotes de amendoim da Sainsbury:
"AVISO: CONTÉM AMENDOINS"
(Mania de estragar as surpresas!)

Numa serra elétrica da Husqvarna, de fabricação sueca:
" NÃO TENTE DETER A SERRA COM AS MÃOS OU OS GENITAIS"
(Kit de castração caseira?)

Num saquinho de batatas fritas:
"VOCÊ PODE SER O VENCEDOR. NÃO É NECESSÁRIO COMPRAR. DETALHES DENTRO".
(sem comentários)

Numa fantasia infantil de Super-Homem:
"O USO DESSE TRAJE NÃO O TORNA APTO A VOAR".
(Olha como isso destrói a imaginação da criança!)

Beijinhos carinhosos
Elida

Ser Transparente (LYA LUFT)

Conheço um bando de gente que deveria ler isso. Melhor que ler... entender! :)

Às vezes, fico me perguntando porque é tão difícil ser transparente...
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros, mas ser transparente é muito mais do que isso. É ter coragem de se expôr, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente... Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair às máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que nos empenhamos tanto para levantar.. Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde!

Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser... Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas à simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo!

Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção... E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos... Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado...

Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar... doçura, compaixão... A compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos... daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!

Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: "você está me machucando... pode parar, por favor?". Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro. Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor, tanta dor... Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura!

Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencível... Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto... Que consigamos docemente viver... sentir, amar... E que você seja não só razão, mas também coração, não só um escudo mas também sentimento.

Seja transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar.

Beijinhos carinhosos
Elida Kronig, a original.

COMPLICADA ARTE DE VER

Recebi por e-mail, achei muito bom. Já conferi o autor e a procedência do texto.

COMPLICADA ARTE DE VER
Rubem Alves

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria!

Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica.

De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas.
Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro:
'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca.
Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".


Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado.

Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem.

"Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.

Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho".

Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu:
"Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram".

Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática.
Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre.

Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras.

Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

O texto acima foi extraído do jornal Folha Online.

Beijinhos carinhosos
Elida Kronig, a original.

Depois "arrumo a casa"

Tem muitos links pra colocar. Prefiro colocar no blog porque assim, os amigos ficam à distância de um clique.

Tem aqueles links de sites que somos visitantes fiéis, tem links de serviços como mapas, telelistas, notícias.

Tem muita coisa ainda a aparecer. Aos pouquinhos, vou adicionando.

Isto é, tudo depende do tempo disponível que eu tiver e quando tiver. Já é uma outra história.

Beijinhos carinhosos

Elida Kronig, a original.

Churrasco

Só chegar. Tem tudo lá:

Liter & Art Brasil.

Sossêgo

Tenham uma boa vida.

Elida Kronig, a original - segundo alguns, a incomparável.